terça-feira, 13 de outubro de 2015

012 - Pintando Arco-Íris de Energia

E aí, pessoinhas amadas!!!
Bem-vind@s de volta à minha, à sua, à nossa Filmoteca!!!
E aí, estão devidamente recuperad@s, após a nossa visita àquele casarão mal-assombrado? Espero que sim! Eu, pessoalmente, precisei ver muita coisa leve e receber um punhado de boas notícias para poder levantar o espírito! Sério, serinho!
E olhem só, ontem foi o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida - dia mais conhecido pelo comércio como "dia das crianças"! Feriadão na segunda-feira, um dia a mais sem ir ao trampo, ó, só, que beleza!... Dia de procissão para @s católic@s; dia de passar com as pernas para o ar, para quem não possui compromissos religiosos. Que vocês andaram aprontando com suas vidas, estes dias? Estão se cuidando direitinho? Por aqui, estes dias foram para, óbvio, limpar o ar, que estava muito carregado!
Como os Caça-Fantasmas e os exorcistas não estavam disponíveis, tive que buscar outro tipo de heroína! O bom é que ela casou bem com a época!
Bora nóis?

Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/

Título: Rainbow Brite e o Roubo das Estrelas
Título Original: Rainbow Brite and the Star Stealer
Distribuição: Warner Bros.
Produtora: DIC Entertainment e Hallmark Cards
Data de lançamento: 15/11/1985
Direção: Bernard Deyriès e Kimio Yabuki
Produção: Andy Heyward, Jean Chalopin e Tetsuo Katayama
Roteiro: Howard R. Cohen e Jean Chalopin (baseado nos personagens de propriedade de Hallmark)
Com as Vozes de: Bettina Bush (Rainbow Brite)
Andre Stojka (Starlite, Mago, Cidadão de Spectra)
Robbie Lee (Twink, Shy Violet, Indigo, La La Orange, Cidadã de Spectra, Sprites)
David Mendenhall (Krys)
Pat Fraley (On-X, Lurky, Buddy Blue, Puppy Sprite, Guarda, Cidadão de Spectra, Slurthie, Glitterbot)
Rhonda Aldrich (Princesa)
Peter Cullen (Skydancer, Murky Dismal, Monstro do castelo, Glitterbot, Guarda, Skydancer, Slurthie)
Mona Marshall (Red Butler, Bruxa, Cidadã de Spectra, Criatura do castelo, Patty O'Green, Canary Yellow)
Les Tremayne (Orin, Bombo, Âncora de TV)
Fonte da imagem: http://www.upontherainbow.com/
Eu ADORO Rainbow Brite. Falem o que quiserem! Na verdade, qualquer coisa ultracolorida me chama muito a atenção - por isso eu sempre preferi os Flashman aos Changeman. Imagine, então, uma personagem responsável por trazer ao mundo o arco-íris e a energia da primavera? E com um cinto que cria arco-íris das mais variadas formas? É de matar a Xuxa e o seu cristal de inveja!
Rainbow Brite é uma personagem criada por Garry Glissmeyer e Lanny Julian em 1983 para uma série de cartões da Hallmark. O sucesso dos cartões logo levou a um licenciamento com a fábrica de brinquedos Mattel (sim, aquela da Barbie...) para a fabricação de um monte de quinquilharias para empobrecer os pobres pais ávidos por botar um sorriso em suas crianças uma série de bonecos e outros artigos. Rainbow Brite e o Roubo das Estrelas é o único filme da personagem para os cinemas - antes dele, ela já havia aparecido em alguns especiais televisivos, e após ele ganharia um seriado.
A trama é uma baba: Rainbow Brite tenta trazer a primavera para a Terra, após um inverno rigoroso (por favor, ignorem o fato de o planeta ter dois polos e cada um ter uma estação diferente ao mesmo tempo - nem eu sabia disso quando vi o filme pelas primeiras vezes). Ao perceber que seus poderes enfraqueceram fora de sua dimensão, a menina ultracolorida deve deter uma princesa muito malvada (deve ser revolta por ela não ter um nome, coitada!), que quer para si Spectra, um planeta-diamante por onde toda a luz do universo deve passar para que as cores se criem e as leis da física sejam completamente ignoradas pelas criancinhas. Logo, isso implica que Spectra também seja a fonte dos poderes de Rainbow Brite - então, protegendo o planetóide, ela estará defendendo o universo e obviamente a si mesma.
Fonte da imagem: http://stemcels.rubberslug.com/

Eu sou linda e maravilhosa, com meu visual dark 80's!
Claro que, apesar de sua heroína ser a personagem principal, Rainbow Brite e o Roubo das Estrelas não é um filme feminista - nem pretende ensinar isso às menininhas sê-lo. Rainbow Brite não vai conter a inominada princesa sozinha. Ela precisa primeiro chegar a Spectra encontrar o ancião Orin por conselhos válidos e contar com a ajuda máscula de Krys, uma versão sexista do Megaman o menino-guerreiro do planeta-diamante e seu cavalo robótico On-X, afinal, meninas não conseguem resolver seus problemas sozinhas. Aliás, faço aqui uma observação sobre On-X: esse robô é um drone de combate de formato equino tão equipado que poderia muito bem ter salvo o dia sozinho, sem Krys nem Rainbow Brite pra azucrinar o juízo - ainda assim, ninguém sequer lembra de dar a ele a ordem de defender Spectra de invasores, o que obriga o pobre personagem a ficar subaproveitado, enquanto temos uma piveta atirando arco-íris nos malvadões por aí e um pivete reclamando metade do filme.
Fonte da imagem: http://vk.com/

Aprendendo a resolver seus problemas em dupla
No filme, vários personagens recorrentes do desenho televisivo aparecem em pequenas participações: os Color Kids (os amigos de Rainbow Brite responsáveis por manter as coisas em Rainbowland em ordem durante a sua ausência); Stormy e seu cavalo Skydancer (responsáveis pelo inverno e os momentos de frio e introspecção); Brian, o único humano que consegue ver Rainbow Brite; além de dois dos vilões da série animada - os atrapalhados Murky Dismal e Lurky - estes têm participação maior por prover alívio cômico ao longo do filme (afinal, um é um cientista doido e o outro é uma bola de pêlos que usa tênis super na moda nos anos 1980.
Fonte da imagem: http://bc1.hors.info/

Estão achando que eu não sei me virar sozinha, seus porcos chauvinistas?
Howard R. Cohen, co-roteirista de Rainbow Brite e o Roubo das Estrelas, compôs também as canções que iniciam e finalizam o filme: "Brand New Day" (com quase todo o elenco) e "Rainbow Brite and Me" (interpretada por Bettina - a intérprete de Rainbow Brite, que viria mais tarde a assumir o sobrenome Bush). As canções são eficientes para seus momentos, nada mais que isso. Sequer sobrevivem sozinhas - retifico-me: o refrão de "Rainbow Brite and Me" fica na cabeça por um tempinho, mas nada preocupante como um "Ilariê" ou uma "Água"; passa em alguns minutos. Diga-se de passagem, "Brand New Day" é MUITO MAL-CANTADA nos solos, é de fazer vergonha. Aliás, por falar em músicas, uma curiosidade: os responsáveis pela trilha sonora desta obra são ninguém mais, ninguém menos que Haim Saban e Shuki Levy - que, após produzir músicas para tudo que foi cartoon malfeito e mal desenhado cuja existência apenas se resume em venda de brinquedos, viriam a ganhar na loteria como os responsáveis pelos eternos Power Rangers!
Fonte da imagem: http://www.upontherainbow.com/

Turma reunida!
Rever Rainbow Brite e o Roubo das Estrelas me trouxe aquela sensação de "como raios eu pude gostar disso, um dia?" - porque o filme é, claramente, mera propaganda de produtos infantis disfarçada de aventura (mas muito mal disfarçada, MESMO). O roteiro é cheio de furos e é tão adocicado que deve ser um perigo para crianças diabéticas. Mas então, veio o impensável: eu me vi curtindo novamente, cantarolando as canções, rindo das situações absurdas e me peguei torcendo(!!!) pela menina ultracolorida - desejando o cinto mágico dela pra mim, como se eu tivesse cinco anos de idade, de novo. Que ironia, não?
Mas Deus, COMO EU POSSO GOSTAR DISSO???

Motion Picture Sound Editors 1986:
Melhor Edição de Som - Desenho Animado (John H. Arrufat e Terry Lynn Allen)
Young Artist Awards 1987:
Melhor Animação (Andy Heyward, Jean Chalopin e Victor Villegas)
Melhor Ator Jovem em Animação - Seriado, Especial ou Cinema (David Mendenhall)
Melhor Atriz Jovem em Animação - Seriado, Especial ou Cinema (Bettina Bush) - Vencedora: Kristie Baker, por "Feliz Ano Novo, Charlie Brown!"

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