terça-feira, 29 de setembro de 2015

010 - Eu Não Tenho Medo de Fantasmas...

Olá, amadinh@s de Tom! Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada para vocês tudinho!
Como estamos nós, hoje? O que vocês acharam das postagens interligadas da Discoteca e da Biblioteca? Alguma sugestão para melhorar algo? Mais uma vez, lhes peço: COMENTEM! COMPARTILHEM! ESPALHEM, MESMO!!! Podem chegar em mim e dizer o que lhes passa à cabeça, eu amo receber o feedback de vocês! É isso o que me estimula a continuar alimentando estes trigêmeos!
Bem, como vocês (assim espero) puderam ver, o tema dos blogs-irmãos da nossa Filmoteca, por ora, está bem sombrio e fantasmagórico. Então, gostaria de saber de você, car@ leitor@: você acredita em fantasmas? Se sim, tem medo deles? Se não, diverte ao assistir filmes onde eles são personagens centrais?
O que vocês pensam deste personagem central de hoje?

Fonte da imagem: http://alchetron.com/

Título Original: There's Good Boos To-Night
Distribuição: Paramount Pictures
Produtora: Famous Studios
Data de lançamento: 23/04/1948
Direção: Izzy Sparber
Produção: Izzy Sparber e Seymour Kneitel
Roteiro: Bill Turner e Larry Riley (baseado no personagem de Seymour Reit e Joe Oriolo)
Com as Vozes de: Walter Tetley (Casper)
Jack Mercer (Fantasmas, Bezerro, Ferdie Fox, Caçador)
Sid Raymond (Outros fantasmas)
Frank Gallop (Narrador)
Fonte da imagem: http://casper.wikia.com/
Casper... Se vocês preferirem, Gasparzinho - sim, aquele, mesmo! O "fantasminha camarada"! Foi criado em 1939 pelo autor Seymour Reit e pelo cartunista Joe Oriolo para o livro "The Friendly Ghost", e logo ganharia histórias em quadrinhos publicadas pela Harvey Comics e ganharia os cinemas pela subdivisão de animação da Paramount, a Famous Studios (renomeada Paramount Cartoon Studios em 1956). Gasparzinho é (o espírito de) um garoto que nunca conheceu Melinda Gordon está sempre em busca de amizades para aplacar sua solidão.
Seus desenhos nunca fizeram muito a minha cabeça. Eles não são particularmente divertidos, nem engraçados - suas gags são repetidas à exaustão -, mas eu continuava a assistir porque o pobre garoto de ectoplasma era muito solitário e depressivo! Não tinha jeito de não torcer para que ele fizesse um novo amigo ao final do desenho, mesmo que no próximo, o coitado estivesse só, novamente! Enfim, em determinado ponto, os responsáveis pelos desenhos criaram amigos regulares (como a bruxinha Wendy ou o demônio Brasinha) para o moço, e aventuras mais interessantes vieram. Mas hoje, falo de um de seus primeiros curta-metragens.
Neste There's Good Boos To-Night, conhecemos o lar do garoto Gaspar: um cemitério numa cidade não nominada, onde os fantasmas acordam à meia-noite e partem para seu trabalho: assustar aqueles ainda encarnados - e eu que sempre acreditei que após desencarnar teria um eterno descanso... Mas Gasparzinho, obviamente, nunca teve interesse nisso. O negócio dele é fazer amigos e brincar pra sempre - infelizmente, a turma do Penadinho se localiza num cemitério muito afastado.
Fonte da imagem: http://alchetron.com/

Ah, a amizade!...
Após algumas tentativas frustradas, ele finalmente consegue encontrar este lindo filhote de raposa, que provavelmente não sabe muito da vida (ou da morte) imediatamente se aproxima dele e ganha o nome de Ferdie. Como nem tudo são flores pro pobre Gasparzinho, aparentemente é época de caça às raposas, e seu novo amigo está em perigo.
Se você acompanha meu Facebook, com certeza deve saber o que eu penso sobre seres ditos humanos que praticam caça como "esporte", matando animais com mero objetivo de diversão. E os que ainda dão desculpas esfarrapadas pra justificar seus atos conseguem me irritar profundamente e me fazer perder a diplomacia. Num mundo onde cada vez mais países finalmente reconhece que seres não-humanos são, sim, sensíveis, "humanos" que não largam este tipo de prática, a meu ver, só podem ser considerados psicopatas do tipo mais perigoso.
Fonte da imagem: http://bernel.blogspot.com.br/

Quem diria que o ectoplasma solitário ficaria tão bem acompanhado?
There's Good Boos To-Night, mesmo datada e com gags que provavelmente nasceram já gastas, é uma boa para ser mostrado às crianças como forma de puxar assuntos mais profundos, como relação com animais e a própria morte. Claro, é apropriado para crianças maiores, mas será que as crianças maiores de hoje vão se encantar com um Fantasminha Camarada, nestes tempos de smartphone em mãos e desenhos cada vez mais gráficos praticamente à mão? Esta é daquelas perguntas bem retóricas - não é fácil para um desenho dos anos 1940 de cores sombrias e temas difíceis competir com os ultracoloridos desenhos de hoje, que nem exigem muito da compreensão de quem o vê.
Mas de jeito maneira é uma batalha perdida ou inglória. Se Gasparzinho conseguiu amigos após anos tentando, quem não garante que ele não consiga a atenção das crianças de 2010?

VEJAM TAMBÉM!
Discoteca

"Wuthering Heights"
(single)
Kate Bush
Biblioteca

"O Morro dos Ventos Uivantes"
(romance)
Emily Brontë

2 comentários:

  1. Yo no creo en bujas ,pero que las hay, las hay.
    Muito bom TOM.Estou gostando dos seus comentários precisos. Precisamos de críticos assim, divertidos e com um certo humor ácido e inteligente ao mesmo tempo! Parabéns e sucesso!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ADOREI o ditado das bruxas! Nunca mais o tinha visto/ouvido! E ele é tão útil, não?
      Muito grato pelo seu comentário, volte sempre!

      Excluir